domingo, 21 de junho de 2009

A Amiga foi a banhos...

...e descobriu uma bonita metáfora para partilhar.

"As mulheres são como as ondas do mar: algumas grandes, outras pequenas. Algumas fortes, outras mais fracas. Umas enrolam-nos até à areia, outras passam-nos por cima, outras por baixo, outras nem sentimos e passam-nos ao lado, rebentando em cima da pessoa que estava uns metros mais à nossa esquerda. Algumas queremos subir, outras queremos atravessar. Umas permitem-nos um banho relaxado, enquanto que outras nos embalam, e outras ainda nos dão algum trabalho. Umas ondas levam-nos até à praia, outras afastam-nos da praia e outras ainda são tão grandes que nós apenas mergulhamos e deixamos que elas passem. Mas, geralmente, não dá para andar na praia, num dia de calor, olhar para a água e não querer dar um mergulho. É verdade... as mulheres são como as ondas do mar: monte-as."

Relembro que podem enviar as vossas questões para o Consultório da Amiga, através do mail oblogdaamiga@gmail.com

Um beijinho

terça-feira, 16 de junho de 2009

Lapso

Sabem quando algo vai mal quando olham para este objecto, numa prateleira da FNAC


e lêem "Um Cesto Lésbico".

Um beijinho

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O consultório da Amiga

Aproveitando que CAI A MAIOR CARGA DE ÁGUA em Lisboa vim dizer-vos, minhas queridas, que em breve poderão ouvir e participar n'O Consultório da Amiga.

É verdade: a Amiga foi convidada para participar num podcast e contribuiu com uma rubrica sentimental. Podem enviar-me as vossas questões (sejam elas sérias ou dignas da melhor coluna da Maria) para o mail do blog. Depois a Amiga irá responder e, obviamente, irá coloca-las aqui depois de serem lidas no programa (não pela Amiga, que a Amiga é tímida e não quer a voz dela aí ao deus dará porque depois grita impropérios e as pessoas reconhecem-na).

A Amiga promete que entre conselhos perfeitamente disparatados, tentará sempre passar sabedoria.

Um beijinho e participem.

Casamento Gay

Amigas e Amigo (a Amiga vai fingir que este blog só é lido por um só homem e que o resto é tudo moças bonitas, está certo? Considerai-vos elogiadas, moçoilas! Vede como ganho pontos e ainda nem comecei o texto),

A Amiga viu a luz (e não, não foi atropelada, não teve uma experiência de quase morte) em conversa com uma amiga do Norte e percebeu que há toda uma questão a ser apresentada de forma errónea. Falo-vos do tão querido e odiado tema do casamento gay.

Até aqui, a Amiga ouvia falar nesta discussão e vinha para as ruas, cerrando os punhos e gritando a favor do casamento gay, da igualdade, dos direitos civis, da preservação do amor, e do espírito humano, e dos descontos em viagens até Espanha. E quase que espumava da boca quando alguém se manifestava contra, e sofria imenso com isso, e achava injusto, e passava-se. Agora, a Amiga acalmou e assume-se aqui pela primeira vez. A Amiga sai do armário para gritar bem alto: sou contra o casamento gay! Isso mesmo. Contra!

Isto porque a Amiga falou com a tal amiga nortenha e, tal como ela, decidiu ser contra o casamento gay e contra o casamento hetero. No fundo, decidiu ser contra o casamento, ponto. Não há papel assinado no mundo, nem copo de água em tenda branca com convidados a comer cherne ou medalhões de carne com ameixa e uma banda a tocar covers do Emanuel, que diga à sociedade "eu amo-te". Querem dizer à sociedade que amam alguém, gritem-no com toda a vossa força e orgulho. O máximo que este papel e esta festa dizem à sociedade é que: 1- os noivos sabem assinar; 2- os noivos têm um péssimo gosto porque toda a gente sabe que cherne acompanha melhor com covers da Cher (para além de que, no casamento gay se corria o risco de só se ouvir Dina, o que só liga bem com rissois... e ninguém quer ir a um casamento só pelo rissol. É o mesmo que ir a um date só pelo bife que há no restaurante).

A conversa do "o que é que faz um casamento?" levar-nos-ia longe, principalmente se eu estiver algo bebida e começar a enumerar brinquedos sexuais como resposta. Mas posto isto: contra o casamento hetero tal como contra o casamento gay! Estou disposta a fazer cartazes que digam isto mesmo e a ir para as portas das igrejas cerrar os punhos e gritar os meus ideais. Afinal de contas, se dizemos "isto já meteu água" quando algo corre mal, porque é que queremos tanto dar um "copo de água" como festa de celebração do nosso amor eterno?

Temos de pensar em tudo isto.

Um beijinho

domingo, 7 de junho de 2009

Mensagens subliminares... até hoje

Ontem a Amiga lembrou-se que tinha um pedaço da sua sabedoria para partilhar com o mundo. Se o mundo merece? Com certeza. Se é sabedoria, de facto? Há sérias dúvidas mas, apesar de não ser a América, este também é um país livre. Além disso, desde que o Obama ganhou que toda a gente pode tudo. Por isso: posso fazer um post revelando músicas com mensagens subliminares lesbianas algumas das quais bastante puxadas? Sim, posso.

1- Começamos por uma música que pode ser mais poética mas a gayzice está lá na mesma - e não apenas lesbiana. Falo-vos da música "Imagina", do Chico Buarque:

"Sabe que o menino que passar debaixo do arco-íris vira moça, vira.
A menina que cruzar de volta o arco-íris rapidinho vira volta a ser rapaz.
A menina que passou no arco era o
Menino que passou no arco
E vai virar menina!
Imagina! Imagina! Imagina!"

A referência ao "arco-íris" onde um moço vira moça e uma moça vira moço, parece-me óbvia. O que me transpõe para toda uma outra questão: será que a cultura irlandesa nos tenta dizer que no fim do arco-íris, o pote de ouro é a homosexualidade? Serão os duendes gays? Claramente são: nenhum macho mitológico se veste todo de verde e fala cantando, enquanto dança e pula alegre. Mas, sendo os duendes irlandeses as gay as it gets, como é que isto influencia os duendes do Pai Natal? Tudo bem que vestem de vermelho, mas têm um sentido de arrumação, decoração e perfeição mais apurado que o "Queer Eye For the Straight Guy". Amigas, penso que é óbvio: podemos decretar o dia 25 de Dezembro como um feriado colorido.

2- A segunda música é conhecida de muitas de vós (se não for, shame on you*) e chama-se "Gatas Extraordinárias", na voz da Cássia Eller que é a maneira mais gira:

"Será que ela quererá, será que ela quer, será que meu sonho influi
Será que meu plano a bom, será que é no tom, será que ela se conclui
E as gatas extraordinárias que andam nos meios onde ela flui
Será que ela evolui? Será que ela evolui?"

A palavra "criatura" não deixa qualquer dúvida: há que pegar aquela criatura, o que permite que boa parte da música fale apenas nos gostos e no mundo dela - da criatura. Quantas de nós não falaram já em "criaturas"? Quantas de nós não foram já "criaturas"? E, tal como a Cássia, quantas de nós não andam a tentar pegar uma "criatura"?

3- E, finalmente, para apresentar aquela que me parece ser o melhor exemplo de uma mensagem subliminar lésbica precisamos de ir à música Popular Portuguesa e apresentar-vos "A Machadinha". O que tem esta música infantil, pura e cândida de mal, perguntam vocês? Oh pobres almas puras. Pobres, pobres almas puras!

"Ah Ah Ah Minha Machadinha!
Ah Ah Ah Minha Machadinha!
Quem te pôs a mão sabendo que és minha?"

É preciso prova mais evidente?! Quem te pôs a mão?! Em quantas relações humanas é que se põe a mão, assim, hein? MAIS! Em quantas relações humanas é que pôr a mão em alguém pode despontar o ciúme demonstrado no tom de ameaça com que a música se inicia? "Ah Ah Ah" mas não é um "Ah Ah Ah" de quem se ri de uma piada! É um "Ah Ah Ah" tu estás fod#*$!
Mas "A Machadinha" não se contenta apenas com o amor feminino, ela vai mais longe e remete para outra questão social: esta música conta a história de amor de duas mulheres, onde uma é louca e possessiva e manda a outra prostituir-se.

"Sabendo que és minha, também eu sou tua!
Sabendo que és minha, também eu sou tua!
Salta, Machadinha, p'ro meio da rua!"

(pausa para contemplação da letra)

Penso, sinceramente, que não é preciso comentar mais nada.

Um beijinho

* E nunca se esqueçam disto: Shame on you! Shane on me.

sábado, 30 de maio de 2009

PÁRA TUDO!

A Amiga vai-se mudar desta cidade.

A Amiga vai para Lagos!!!!!

Talvez quando diz "que procura um sítio calmo para educar os 6 filhos" a senhora Jolie não imagine o Algarve em Agosto, nem as filas para andar na N125, nem sequer as filas para andar nos tubos do Slide & Splash! Mas só a ideia de ir à Guia, estar num restaurante e a pessoa que está na mesa ao meu lado a afinfar o dente a uma coxa de frango de churrasco poder ser esta menina, dá-me alento! Dá-me muito alento!

Um beijinho. Vou fazer as malas.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Regressar é para heteros

A Amiga tem andado por aí e menos por aqui. A diferença é que o por aí oferece tanto como o por aqui: pouca coisa, se formos bem a ver. A Amiga tem desenvolvido teorias e pensado na vida... também aproveitou para ver vistas. No fundo, a Amiga sempre gostou de Kit Kat e por isso resolveu fazer uma pausa. E agora que o chocolate acabou, a Amiga tinha duas opções: ou continuava a escrevinhar este rebuçado cor-de-rosa ou se inscrevia no ginásio. Ora sítio gay por sítio gay, a Amiga prefere o Trumps onde também sua a dançar mas onde só paga 10 euros e não os 70 que lhe pedem no ginásio. Por isso a decisão era fácil.

Não se pode dizer que a Amiga voltou porque, para voltar, teria de ter ido durante muito mais tempo. Aliás, para voltar, a Amiga teria de ser hetero. Os casais hetero é que acabam e voltam. Casais gays são bastante mais criativos: ou acabam todos a tomar café com os actuais, os ex, os actuais-dos-ex, e os ex-dos-actuais-dos-ex; ou voltam a ser meros desconhecidos que se cumprimentam com um acenar de cabeça no meio do Bairro Alto; ou então acabam a voltar para a cama mas nunca para voltarem a acabar como casal. A Amiga não voltou porque não tem uma relação com este blog, nem com este site. Já com esta página, seria possível ter uma relação, sim. Mas, tendo em conta o calendário lésbico, por esta altura a página já estaria a viver com a Amiga e a dar palpites sobre uma eventual redecoração do quarto.

Esclarecida que estava a questão do "voltar", a Amiga resolveu sacudir o tapete, arrumar um bocadinho a sala e fazer uma limonada, caso algum visitante queira conversar.

AH! A Amiga também teve umas ideias que poderão ser benéficas à população: uma espécie de guias de auto-ajuda mas em bom e sem terem a Tyra Banks ou a Oprah a anunciarem-nos (ok, esta última parte é uma pena, compreendo, mas serão bons à mesma os ditos guias).

Por isso aqui fica a dica.
E um até breve.