domingo, 26 de abril de 2009

O Início

Tudo o que é texto em forma escrita tem uma palavra inicial. Todos os livros têm um primeiro capítulo, todas os capítulos têm uma primeira palavra e todas elas são pensadas exactamente com o intuito de darem início a algo maior do que elas: uma história. Mas o que inicia a história não é a primeira palavra mas sim um acontecimento, algo que surge sem ser na folha branca de um caderno ou de um documento word. Trata-se de algo espontâneo, que não se prevê ou espera, e que se apresenta simplesmente, despoletando uma situação.

No meu caso foi uma vodka maçã.

A Amiga é gay e tem muitos amigos (um especial, doravante denominado por Amigo). Foi na presença deste Amigo que a Amiga lhe revelou, numa noite, a imensidão de pensamentos que povoavam a sua mente. Assumida que estava, a Amiga entrou numa demanda épica para encontrar o amor (daquele que dura uma noite ou daquele que dura entre o "uma noite" e o "para sempre"). E, tal como todos os seres humanos, descobriu que esta é uma luta quase tão justa como usar um canhão para tentar matar um mosquito (a Amiga não lê Confucio, mas viu o "Armadilha" com a Catherine Zeta-Jones, que vai dar ao mesmo). Mas, tal como todos os seres humanos, a Amiga lá se divide entre o apontar o canhão à mosquitada ou ser ela própria mosquito. Pelo meio, vai vivendo peripécias, tendo encontros e desencontros, e brindando o mundo com alguns pensamentos. A Amiga pensa muito enquanto brinda.

O Amigo disse que a Amiga devia ter um blog para contar as suas aventuras e ela concordou. E assim surgiu esta Casa de Doidas (não é Confucio à mesma mas é um filme que bem dispõe). Agora a Amiga prefere a vodka laranja e tem um blog para partilhar uma parte da sua vida.

E continuará por aí à procura de novos capítulos da sua história, sempre com vista a descobrir qual será o final.

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